Lembras-me uma marcha de Lisboa
Num desfile singular, quem disse
Que há horas e momentos p´ra se amar.
Lembras-me uma enchente de maré
Com uma calma matinal
Quem foi, quem disse
Que o mar dos olhos também sabe a sal.
As memórias são
Como livros escondidos no pó
As lembranças são
Os sorrisos que queremos rever, devagar.
Queria viver tudo numa noite
Queria viver tudo numa noite
Sem perder a procurar
O tempo, ou o espaço
Que é indiferente p´ra poder sonhar
Quem foi que provocou vontades
E atiçou as tempestades
E amarrou o barco ao cais
Quem foi, que matou o desejo
E arrancou o lábio ao beijo
E amainou os vendavais.
[Trovante]
" eles cantam o que nós sentimos..."